quinta-feira, 16 de maio de 2019

TRANSEXUALIDADE: DE TRANSTORNO AOS NECESSÁRIOS CUIDADOS MÉDICOS


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á 29 anos, a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela OMS.
Por isso a data de 17 de maio foi escolhida como dia internacional contra a homofobia.
A partir daí, as chamadas terapias de “cura gay” começaram a desaparecer.
De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, “nos anos 50 e 60, conta o escritor Neel Burton, autor do livro O Significado da Loucura (The Meaning of Madness), o tratamento típico envolvia dar choques elétricos no paciente enquanto ele olhava fotos de homens nus. Segundo o autor, nada disso funcionou. No Brasil, apenas em 1999 o Conselho Federal de Psicologia se posicionou contra este tipo de terapia. A decisão de retirar a transexualidade do código de doenças mentais demorou pelo menos cinco anos”.
O CFP emitiu a Resolução 01/99 que determina que não cabe a profissionais de Psicologia no Brasil o oferecimento de qualquer tipo de prática de reversão sexual, uma vez que a homossexualidade não é patologia.
Neste próximo 20 de maio , na 72ª Assembleia  Mundial da Saúde, os membros da ONU oficializarão a 11ª versão da CID. Já no ano passado psicologianaveia  noticiou que na nova edição, a transexualidade deixou de  ser considerada transtorno  mental e migrou para a categoria de cuidados médicos. Desse modo, o transexual não mais pode ser considerado doente, mas sim uma pessoa que possa necessitar de cuidados médicos, de atenção , principalmente durante processo de transição de gênero.

No entanto em um país onde mais se mata a população LGBT, a notícia é um começo. Digo início porque o processo de respeito ao outro, às diferenças, é um processo construído  ao longo do tempo por meio da educação, especialmente no contexto familiar  e escolar.
Há ainda muito trabalho do psicólogo a ser realizado. 
A população LBGT começou a sair do armário, ganhou visibilidade e, com isso, abalou o imaginário heternormativo vigente, trazendo novamente à tona o estigma e discriminação e até o questionamento da Resolução do CFP.
Contudo, há poucos  dias informamos que o CFP  obteve  liminar que mantém a íntegra da Resolução CFP nº 01/99.
Enfim, a batalha em prol dos Direitos Humanos é contínua e por isso não podemos esmorecer.


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