sábado, 26 de maio de 2018

Carta às mães. Por que não aos (às) filhos (as)?

                                                                                                       Cláudia Maria Tamaso

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Falo inicialmente com você mãe de primeira viagem.
Você que teme errar, quer ser infalível.
Não duvide do peso de sua simples presença, do valor de seu olhar e seu sorriso.
Você com certeza errará sim, mas saiba que as falhas são passíveis de correção.
Agora, você que tem filho (a) pequeno a), que teima em descumprir o não e gostaria de eliminar todas as suas dores, dar-lhes o mundo, banir a tristeza de seu semblante
Isso faria ele (a) conhecer o mundo? Faria-o (a) crescer, alçar vôos?
Ah sim, um dia o (a) pequenino (a) se desprenderá, e deixará o ninho vazio?
Como está seu ninho? Rico em possibilidades? Mãe mulher, mãe profissional, mãe – filha.
Ah mãe inteligente, mãe do (a) adolescente dono do mundo, mundo interno, mundo tecnológico.
Tem que limitar sem proibir. Permitir, mas olhar e monitorar. Restou voltar às baladas de outras formas. Preocupada com importante escolha profissional de seus (suas) filhos (as) . Preocupada com o perigo das drogas e dos superdecantados hormônios.
A adolescência dele faz recordar a sua . Recordar que você já foi mais jovem e o que não fez . Lembra-se da própria desfaçatez e do muito juízo.
Mas se o (a) filho (a) foi para fora do ninho, que glória, cumpriu com sua função, o desenvolvimento humano.
Quais os ganhos da mãe idosa?
A paz da missão cumprida? A espera da gratidão? Do perdão? Remoer os erros?
Sempre tempo de compaixão.
Nessa trajetória com certeza houve tropeços, descaminhos, descompassos. Mas importante é dar oportunidade para eternos reencontros.
E num processo de constantes rupturas e aproximações, refazendo e cortando o cordão umbilical num eterno ciclo, resta enfim, o perdão, a compaixão, o amor.
Mãe perdoe-se, tenha compaixão de si.
Aos (às) filhos (as), perdoar a mãe é perdoar a si próprio (a), ao mundo. Faça-o enquanto é tempo.

#psicologianaveia



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