terça-feira, 19 de junho de 2018

TRANSEXUALIDADE É RETIRADA DA LISTA DE TRANSTORNOS MENTAIS




A CID 11 foi atualizada para o século 21 e reflete avanços críticos em ciência e medicina. Em segundo lugar, agora ela pode ser bem integrada com aplicativos eletrônicos de saúde e sistemas de informação.

A transexualidade foi, oficialmente, retirada da lista de doenças mentais da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) após o lançamento da nova versão - CID-11 para permitir que os Estados Membros planejassem a implementação.

A coordenadora da Equipe de Adolescentes e Populações em Risco da agência, doutora Lale Say, explicou as mudanças.

A incongruência de gênero não é um transtorno mental, e classificá-la desta maneira causa enorme estigma para as pessoas transgênero. Desse modo a CID 11, refere-se à transexualidade como uma condição relativa à saúde sexual, o que possibilita o incentivo de ofertas de políticas públicas de saúde para esta população.

Fato que é importante ser discutido, divulgado no Brasil, país em que, paradoxalmente, mais se cometem assassinatos de mulheres travestis, mulheres transexuais e homens trans, mas também onde mais se procura e assiste pornografia com pessoas trans. Será porque o desejo de qualquer modo não consegue ficar represado, acaba se denunciando, tem que emergir?

“Segundo levantamento da ONG Transgender Europe – TGEU para o projeto “Trans Respeito versus Transfobia”, no período de 2008 a 2015 aconteceram 802 assassinatos de pessoas trans no Brasil......

Em 2016, o ano começou com uma série de assassinatos brutais em uma quantidade que se multiplicava de maneira assombrosa. A partir daí, a Rede Trans – Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil, começou a fazer o monitoramento dos casos de maneira mais criteriosa e publicar em seu site, assim como estatísticas sobre suicídios e outros casos de violência. O ano de 2016 se encerrou com o recorde de 147 assassinatos, ao mesmo tempo em que a Rede Trans realizou uma parceria com a Transgender Europe, para que esse monitoramento passe a alimentar as estatísticas internacionais”.(Revista Fórum, junho 2018).

O profissional de Psicologia não pode se calar diante da violência de gênero.

Há que lutar pelo respeito aos direitos humanos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário