quinta-feira, 15 de novembro de 2018

ONDE ESTARÁ O ELDORADO NEGRO NO BRASIL?



Olá internauta!
Você por vezes você já se deparou vendo como natural a quase ausência de negros em serviços disputados por meio de concursos? Podemos pensar como natural os raros números de negros a ingressarem na faculdade? São eles menos inteligentes, menos capazes? Tiveram eles as mesmas oportunidades ? Só que não.
Você sabe por que dia 20 de novembro foi escolhido o dia da consciência negra? Porque foi em 20 de novembro de 1695 que mataram Zumbi dos Palmares, levaram-no para Porto Calvo, onde foi decapitado e exposto em Praça pública.
O título do post faz referência à música de Gilberto Gil “Quilombo o Eldorado Negro”
A abolição da escravidão ocorrida há 130 anos, não extinguiu a relação escravocrata, de poder, dominação, desigualdade e preconceito contra a raça negra. 
O negro sempre buscou resistir contra a opressão por diversos modos, dentre eles, as manifestações artísticas por meio do qual reafirma sua identidade cultural.
Uma política de embranquecimento da população brasileira por meio de medidas eugênicas, além de ações de extermínio da população negra realizadas pelo Estado brasileiro denunciado há décadas pelo movimento social negro.
Por vezes vemos como natural em serviços disputados, concorridos por meio de concursos haver praticamente quase a totalidade de funcionários brancos. Podemos pensar como natural o negro não fazer faculdade. Só que não.
Em 1988 a USP pesquisou o tema e encontrou que em que: “97% dos entrevistados disseram não ter preconceito, mas 98% afirmaram conhecer alguém racista - sempre parentes, amigos ou parceiros amorosos. Esse brasileiro exemplar cercado de racistas mostra o caráter doméstico e íntimo da discriminação”. 
O data folha fez levantamento sobre o assunto em 2008 com resultados semelhantes, confirmando o racismo dissimulado do Brasil.
Atualmente, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras, mostra o Mapa da violência de 2017.
Há também a desigualdade salarial. Segundo a ONG britânica Oxfam, “em média, os brasileiros brancos ganhavam, em 2015, o dobro do que os negros: R$1589, ante R$898 mensais”.
Referida violência, não em forma de Aparthaid mas dissimulada, tem ganhado melhor visibilidade.
Aconteceram algumas conquistas? Política de cotas para ingresso nas universidades e concursos públicos, a criminalização do racismo. Contudo, será que tais leis pegaram? 
Pelos indiciadores há que resistir, muito a conquistar. 

Mas o que a Psicologia tem a ver com isso?
Em 19 de dezembro de 2002 o Conselho Federal de Psicologia publicou a Resolução CFP N.º 018/2002, que determina, em seu artigo primeiro, que “os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão, contribuindo com o seu conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e para a eliminação do racismo.”. No Art. 2º, estabelece que “os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a discriminação ou preconceito de raça ou etnia.”.
O profissional de Psicologia deve, enfim, respeitar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, buscar não descontextualizar o sofrimento do sujeito em meio à discriminação, ao preconceito, atribuindo-o ao próprio indivíduo, mas compreendendo-o em meio ao mito de um país democraticamente racial.
E aí amigo. Consegue responder onde estará o Eldorado negro em nosso país?
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