quarta-feira, 17 de julho de 2019

LEGADOS DO ECA VI- FALANDO COM OS PAIS


V



ocê pai, mãe ou educador, já se deparou com a tarefa desafiadora da educação infantil?
Com certeza, para exercer tal tarefa lhe exigiu-lhe o desenvolvimento de várias habilidades, não?
Apesar de atualmente, a maioria concordar que a criança precise ser compreendida, amada, ser criada com apego não há uma única definição para o amor, compreensão e apego, haja vista que cada um tem sua concepção dos mesmos.
Não há consenso sobre a forma de educar as crianças. O padrão educativo encontra-se determinado sóciohistórico e culturalmente, ou seja, de acordo com dada época, visão de mundo, com base na criação que os próprios pais tiveram.
No entanto, baseado não somente na evolução da Psicologia do Desenvolvimento, mas também no contexto cultural no qual vivemos, tem-se que o artigo 6 dos Direitos da Criança que  toda criança tem direito a amor e a compreensão por parte dos pais e da sociedade.
A criação com apego rechaça completamente a punição, crendo que o respeito, diálogo e compreensão das emoções da criança possam possibilitar o seu desenvolvimento.
Padrões parentais positivos, tais como monitoração positiva, desenvolvimento moral são facilitadores do desenvolvimento infantil. Por outro lado, a violência, a monitoração estressante, a falta de disciplina, a negligência e a punição inconsistente são prática negativas que dificultam a evolução dos filhos sob âmbito social, cognitivo e emocional.
Vale citar que a Suécia, em 1979, foi o primeiro pais a abolir castigos físicos em crianças, seguido pelos vizinhos países escandinavos.

No Brasil, em 2014 foi promulgada a Lei nº Lei 13.010/2014, chamada Menino Bernardo, necessária em face do alto índice de violência doméstica contra criança e adolescente, conforme já mencionamos em post anterior (mais especificamente- Legados do ECA- IV).
Aos 11/07/19 corrente, a França se tornou o 56º país a banir referidos comportamentos na educação dos filhos, retomando o debate sobre as práticas parentais naquela sociedade.
Ausência de castigos, não significa permissividade, negligência. Os pais precisam ter autoridade e serem os adultos na hierarquia familiar, o que difere de autoritarismo.
Construir uma relação pelo medo será o melhor caminho?  Pelo medo, tendemos a promover a agressividade infantil e a formarmos adultos ansiosos e depressivos e inseguros.
Se os pais usam de violência para, que mesmo que provisoriamente, deter o comportamento dos filhos é importante que compreendam o motivo de essa dinâmica persistir.
Sob meu ponto de vista, o castigo (entendido como punição física, como parte de uma ação mais sob o controle do humor dos pais, do que sob o comportamento da criança) humilha, desrespeita e não possibilita a educação, mas ao contrário, traz danos ao desenvolvimento infantil, conforme  mostra-nos Guilhardi (2001).
Portanto, é importante existir uma interação pais e filhos equilibrada entre afeto e limites, alicerçada no diálogo (para desfazer nós na comunicação familiar) e no respeito tais como sementes a nos fornecer flores e frutos.
A seguir, assista ao vídeo referente ao tema.

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REFERÊNCIA:
GUILHARDI, H. Punição não é castigo, 2001. http://www.itcrcampinas.com.br/pdf/helio/Punicao_castigo.pdf
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